Coletivas e singulares: Memórias escolares de estudantes de Pedagogia

Esta coletânea, conjunto de memoriais de estudantes do curso de Pedagogia   da FAE/UFMG, apresenta 32 relatos que, parafraseando o Professor Marcus Aurélio Taborda de Oliveira, tratam da nossa vida, tão igual à de milhões, pois nelas pulsaram e continuam a pulsar pessoas, episódios, angústias, erros, acertos e inquietudes. Seguem pulsando os corpos que, por meio da família, do estudo, do trabalho, produziram jeitos, nem sempre premeditados, de fazer da vida algo que valesse a pena. Cada um deles  “continua atento às formas de refluxo conservador que almejam o que é comum e que nos condenam à barbárie. (...) Porém, os corpos não estão sós, são relacionais e além do corpo biológico, os corpos se movimentam, sentem-se, se expressam, sofrem, desejam…(...) A memória só existe em função do encontro do corpo com o mundo”. (Da Apresentação)

A proposta desse livro, a meu ver, é um procedimento didático-pedagógico que possibilita resgatar no ser humano o que marcou sua etapa de escolarização. Histórias tão fortes, tão potentes que contribuem para o se formar professor, para o se reconhecer nesse espaço e nessa profissão. A sensibilidade de abordar a história da vida escolar das estudantes do curso de pedagogia da UFMG nos faz refletir sobre nós próprios, sobre nossa história e sobre o próprio curso de pedagogia. Reviver memórias na formação é trazer a tona recordações que serão acentuadas em suas vidas como professoras e professores ou até ressignificadas. A proposta aqui apresentada entrelaça, assim como num bordado, a vida, a experiência, a formação e a ciência. Retoma o curso em sua essência. (Do Prefácio)